sábado, 17 de setembro de 2011

Terra do nunca.


Cheguei há pouco tempo, mas logo percebi que as pessoas falam muito em roupa e quase nada em comportamento, parece que aqui as roupas definem o comportamento e não o contrário, o comportamento primeiro que define o que você é e consequentemente o que você usa.

Já ouvi dizer de um tal de almoço de negócios mas não gostei, porque no almoço o único negócio é comer, falar de trabalho de barriga vazia ou de barriga cheia faz mal a saúde e falar enquanto comemos pode ser pior ainda.

Falaram-me também de um curso de etiqueta pra aprender como se comportar em determinadas ocasiões, achava que isso era bom-senso, mas me disseram que pra isso não tem curso. Aproveitei e perguntei então o que mais seria bom aprender e me indicaram um curso de como otimizar o tempo, afinal temos que saber lidar com prazos. Concordo, mas só em partes, o dia tem 24 horas e isso não vai mudar, querem ensinar quanto tempo devo gastar em cada determinada coisa. Droga, porque não fazem um curso de bom senso logo!

Abri o jornal, mas foi então que descobri que vagas de emprego agora são na internet, logo no primeiro anúncio pediam: Pró-atividade, espírito de equipe, pessoa arrojada, com visão analítica, liderança, boa comunicação, organização e outros “ãos”.

Essas pessoas acreditam mesmo em super-heróis.

Desisti quando li que era necessário trabalhar sob pressão!!! Sou comprometida, mas tenho o meu ritmo e se eles não podem aceitá-lo também não vou tolerar ninguém no meu cangote me pressionando.

O dinheiro é preciso para sobreviver, mas para viver é preciso satisfação e isso parece que as empresas não conseguem atender e nós mesmos estamos longe de atingir.

Decidi, vou-me embora dessa terra do nunca. Nunca que nada vai dar certo.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Vício


Não entendo de política, não sou boa com esportes e pouco sei sobre qualquer assunto, mas percebo que o amor gira o mundo e arrisco a dizer que é o alimento da vida:

Não há problema que não se renda;
Não há sensatez que não se perca;
Não há frustração que não se resolva;
Não há boca que não sorria;
Não há rotina que não goste;
Não há pote em que o caiba;
E nem demonstração que o sirva;
Não há explicação que o desvende;
Não há lógica que o contrarie;
Não há prazer que resista;
Não há entretenimento que não se divirta;
Não há criatividade que não o admire;
Não há dinheiro que o convença;
Nem desumanidade que o abale;
Não há palavra que se canse de falar.
Seja ele próprio ou ao próximo, romântico ou amigo, novo ou antigo, de pai, mãe ou filho....

Dizem que tudo e todos têm um preço; falar disso é desperdício. Prefiro falar de amor e tornar isso um vício!