domingo, 24 de fevereiro de 2013

Pensar demais envelhece


Chorar cria rugas e pensar demais envelhece.

Se ficar horas pensando num problema me fizesse ter a solução aceitaria, mas não, quanto mais me remoo com algo pior parece que a coisa fica.

Esquecer é a solução? Talvez, a indiferença é a saída certa para coisas desnecessárias, mas quando o problema merece solução, não adianta dar de ombros que eles também não vão se solucionar por um passe de mágica. E então, fazer o que?

Viver, deixar rolar, não esperar demais, não ter pressa e agir de acordo com o que se pode fazer, porque as vezes queremos fazer o que não podemos.

Li essa semana uma frase que é bem verdade: faço o que é meu, o que é dos outros deixo para os outros.

A mala pode ser pesada sim, não dá pra mentir e falar que está leve, mas também não precisamos levar outras pra carregar mais peso.

Assuma os seus atos e não queira abraçar o mundo, os braços não são tão grandes assim.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Beiradas


A gente vive na borda, nem pula pra dentro e nem cai fora.

Queremos contatos, mas não queremos vínculos.

Criamos muitos colegas e poucos amigos.

Telefonamos: uma conversa rápida, nada mais que uns cinco minutos pra cumprir com a obrigação.

Mandamos milhões de SMS por dia, todos superficiais, porque conversa, mas conversa mesmo só olho no olho. Essa a gente deixa pra uma vez por semana que tá bom demais.

Você por acaso acha que eu vou ligar pra falar que estou com saudades? Não, vamos ver se ele me liga primeiro.

Queremos o príncipe encantado, mas também nos recusamos a usar o vestidinho e calçar o sapatinho de cristal.

Estar por completo em um relacionamento? Não, pode ser muito perigoso, melhor nos mantermos em segurança, se cairmos, tchibum....

Queremos manter o equilíbrio, manter o pé no chão, queremos dominar e ainda com tudo isso queremos ser amados, admirados, queremos que alguém não fique na borda pela gente, queremos que se joguem.

A gente só quer aquilo que a gente não pode ser, queremos alguém diferente daquilo que somos. E sabe o que conseguimos? As beiradas. Nunca o inteiro, sempre a metade, o incompleto.
 

domingo, 3 de fevereiro de 2013

O que eu sou


Do que nós precisamos? Liberdade? Dinheiro? Uma casa? Um cachorro?

Infinitas são as opções, basta acreditar na que mais lhe agrade, aquela que satisfaça os nossos desejos momentâneos, porque agora pode ser isso, daqui a pouco pode ser aquilo e mais pra frente aquilo outro. Assim nos movimentamos, numa caminhada que não tem fim. Então por favor, não queira que o tempo passe mais rápido para aquele dia que você tanto esta esperando chegue, ele vai chegar e depois outros também, nunca vai cessar.

Mas nessa caminhada do querer ou do viver, uma coisa sim é igual para todos, ou para a maioria, todos precisam de amor - daquele que nessa jornada faça com que as palavras saiam da nossa boca ou fiquem dentro dela quando necessário.

Aquele que guarda os seus segredos, e com isso faz com que você não precise guardar.

Não canso de dizer que o que precisamos não é alguém com quem possamos conversar por “toda a vida” e sim alguém que possamos ficar calados lado a lado e nem assim se sentir incomodados.

Acho que a partir de hoje não vou mais me perguntar o que preciso, a pergunta mais conveniente é: o que sou? Um ser pensante, um ser amante.