segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Minha verdade, sua verdade.

Às vezes é mais fácil se lamuriar, tem horas que não temos mais no que nos agarrar e perder as esperanças é o que no resta. Como acreditar no inacreditável?

Mas por que é inacreditável?

Colocamos nossas verdades como absolutas, mas só porque estamos vivos e podemos guiar nossas vidas não quer dizer que somos donos de algum tipo de verdade.

Tudo que é absoluto é equivocado, não existe certeza absoluta, verdade absoluta, felicidade absoluta, tristeza absoluta. Nada é tão certo ou errado assim.

O que parece não ter fim uma hora acaba, o que nunca foi imaginado um dia é criado.

 Ninguém sabe de nada e mesmo assim sabemos tanto, a incerteza é o que nos cerca, mas ela não é inimiga. Já pensou se soubéssemos de tudo ou tivéssemos certeza de tudo? Por alguns instantes poderia ser bom e depois não faria mais sentido.

Não que hoje tenha sentido, mas vivo mais leve sem ter tantas convicções, saber que a vida é mais do que sei é desafiador, é ter uma conquista a cada dia, é ter a oportunidade de mudar e principalmente de acreditar até mesmo no que parece inacreditável, pois para vida nada é impossível e para conquistar basta desejar.

Queremos as coisas ao nosso jeito e nem sempre pode ser assim, as realizações que você quer para sua vida podem vir em diferentes formatos e nós com as nossas verdades absolutas muitas vezes rejeitamos.

Tudo o que escrevi até aqui é bem claro para todos? Deveria ser, mas achamos que sabemos muito e de tanto que sabemos nos perdemos.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Mentira não tem perna curta

Por que é tão difícil falar a verdade? A pessoa que mente é aquela que se recusa à acreditar. Falta coragem pra encarar o mundo e a si próprio. Pior, iludem os corações e tentam enganar o cérebro, tudo por conta do medo da verdade.

É mais fácil e menos doloroso, ao menos parece, sabemos que na verdade não é assim, mas verdade demais pra que? Gostamos de falsas verdades montadas, esquematizadas. Tudo tão bem pensado, mirabolado que acaba sendo melhor assim.

Só que ninguém sabe por quanto tempo uma mentira persiste, talvez dure o tempo suficiente. Suficiente para enganar e depois destruir. Há de se tirar algum proveito no final das contas, quem aprende é apenas a "vítima", o mentiroso não aprende nada a não ser continuar mentindo, é um vício, detona os nossos neurônios e abalam todo o nosso sistema interno assim como as drogas.

Torna-se incontrolável, é uma válvula, de fuga e mais nada, não leva a lugar nenhum diferente daquele em que já se está, a mentira não movimenta, não alimenta, não ajuda, não faz nada, não serve pra nada.

Mentir não é um erro, é uma escolha. Mentira não tem perna curta porque nem se quer tem perna, no máximo ela rasteja e implora a sua sobrevivência até que algum dia encontra alguém que lhe dê as mãos e juntas caminham em busca do nada, virando as esquinas de lugar algum.

sábado, 28 de julho de 2012

O tempo certo

Ter passado é ter história, mas ter presente é ter vida, mais uma vez enfatizo a necessidade do agora mais do que o ontem ou o amanhã.

O calendário mostram os dias e o relógio às horas, somos guiados pelo tempo o tempo todo; o que você espera ser ou ter daqui cinco anos? Ter planos futuros é o que nos mantem vivendo? Vivemos em busca de algo; seja material, espiritual, profissional ou pessoal, e o tempo acompanha essa caminhada do querer.

Se o tempo não existisse não teríamos referências? Com certeza não...

O tempo conspira ao nosso favor e contra também, só depende a importância que damos a ele. O tempo trás progressos e a possibilidade de mudanças, não é atoa que dizemos: “fique tranquilo, com o tempo isso passa”. Acredite nele, mas não se agarre a ele, ele existe e não muda por nossa vontade, ele não vai mais rápido nem mais devagar.

O tempo tem tempo certo, e o certo é o que se tem, e não o que se teve ou se terá.

O maior divisor de nossas vidas não é apenas o tempo, é também o que fazemos ao longo dele, o que você é, é maior que qualquer tempo que possa existir.

domingo, 15 de julho de 2012

O que é mais legal

iPhone é legal, mas beijo é melhor, iPad é dahora, mas comer pizza sábado a noite é mais.
Comparar essas coisas parece ridículo, afinal precisamos de tudo isso e colocar em ordem de importância até parece absurdo, mas não é. Alguns valores foram perdidos e outros ainda serão perdidos se continuarmos enchergando as coisas sem observar, se continuarmos evoluindo sem preocupações, se continuarmos procurando a perfeição que não existe, nunca existiu e nunca vai existir.
Quem determina o valor das coisas somos nós, mas o que vem acontecendo é o inverso, as coisas que atribuem valores as nossas vidas e fazem com que paremos para perguntar se vivemos sem e a resposta sempre é não, não vivemos sem conferir atualizações no facebook, sem checar os e-mails. Precisamos de 8gb de capacidade de armazenamento, para que eu não sei, quero dizer sei sim, já pensou em quantos jantares e em quantas fotos isso reproduzirá? Tirar fotos nunca foi o problema, muito pelo contrário, mas o intuito pelo qual tiramos essas fotos mudou e muito.
O que eu ainda não entendo e as vezes prefiro nem entender é porque precisamos compartilhar nossa felicidade, dividir algo bom é sempre bem vindo, porém quando precisamos fazer coisas novas, ir a lugares diferentes e parecer que vivemos sempre bem e sempre são feitos pensando na exposição posterior, isso deixa de ser normal e beira à esquisitice para não dizer doença.

sábado, 14 de julho de 2012

A espera

Esperar no sentido de ter paciência ok, é válido, agora esperar no sentido de criar expectivas e aguardar que alguém faça algo por você, é tempo perdido.

Se você espera encontrar alguém que desperte o melhor que existe em você, se espera o telefone tocar na esperança que alguém diga que você é especial, se você espera ganhar na mega-sena para ser feliz, se você espera encontrar um chefe mais agradável para que você possa ser mais tolerante, se espera emagrecer para ser mais bonito, se espera mudar sua vida na segunda-feira que vem, se espera uma atitude generosa para que só depois possa provar o quão gentil você também pode ser, se espera se tornar responsável quando tiver sua casa própria, se espera tudo isso ou algo mais; digo que o errado é você e não o mundo.

Eu acredito que toda energia conspira ao nosso favor, mas a partir do momento que façamos por onde.
Já ouvi gente dizendo que só depois de começar a viajar é que poderá ser mais feliz, que está a espera de encontrar alguém para compartilhar momentos bons, tá, todo mundo só quer coisas boas, mas parece que nada do que já temos é bom. Isso é um problema, que tem solução, é só começar a acreditar que talvez a gente precise de muito menos do que imaginamos.

O ditado menos é mais é popular e sábio, é clichê, mas ninguém para realmente para analisar, só se é falado e jogado aos ventos. Esperar menos é viver mais leve, é ser mais tolerante e entender que na vida não dá para ser a "ferro e fogo", o que você espera é só o que você espera, o que você faz para alcançar o esperado é o que realmente importa.

domingo, 24 de junho de 2012

Aceitar e suportar


Escutei esses dias que há diferença entre o que você aceita e o que você suporta. Quem suporta alguma coisa um dia não suportará mais, porque o “saco de todo mundo enche”, um dia a água transborda, então empurrar menos com a barriga é uma grande escolha e trará novas alternativas.
Ainda estou em fase de adaptação a esse novo conceito, não dá pra sair chutando tudo que eu não suporto mais (até gostaria), mas identificá-los já é um ponto de partida e faz com que eu comece a me mexer.
Com certeza você sabe o que não suporta só não admitiu ainda, criamos nossas vidas muitas vezes em torno de algo que nem de longe é aquilo que aceitamos. E porque então fazemos isso: sabemos que não aceitamos e continuamos?

Fico por aqui, e você fica por ai, a ideia está lançada, o texto termina aqui mas o raciocino e o aprendizado a respeito ainda não, quem sabe mais questionamentos virão e respostas também.

domingo, 10 de junho de 2012

A gente só sabe da dor na hora do parto.

Aos 6 meses a reclamação é pouca, dorme-se pouco, mas é recompensa é gratificante, começamos a ver o primeiro dentinho nascendo e ai é normal uma resmungadinha, com um ano resmunga um pouco mais e logo depois vem mais trabalho pela frente porque começa a querer andar sozinho e a dor de cabeça  está longe de terminar. Aos dois anos já fala mais do que você e de repente é três e quatro anos, e ai ninguém segura mais, já tem até frustrações e algumas birras podem ocorrer, saiba controlá-las.
Finalmente cinco, independência! Mas ainda requer cuidado e atenção, muita atenção porque é nessa fase que a imaginação rola solta e começam a aparecer os amigos imaginários, saiba diferenciar o que é uma fantasia saudável de um comportamento mentiroso!
Com o vocabulário cada vez mais rico a gente não sabe até onde pode chegar, é uma graça e uma "desgraça", é uma festa só, afinal cinco anos é digno de festa.
Neste período ocorrem estress também, esqueça a fase de conto de fadas que havia entre o primeiro e o segundo ano, agora é disso pra pior ou melhor, tudo depende do ponto de vista.
Daqui pra frente ainda não sei, dizem que ocorrem sindromes de alienação e de egocentrismo lá pelos 7 anos, vamos ver, por hoje só posso parabenizar-nos pelos nossos cinco anos de namoro: Parabéns meu amor!

Dizem que cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é, podemos estender isso aos relacionamentos e dizer que: cada um sabe a dor e a delícia de ter o relacionamento que tem ;)

sábado, 19 de maio de 2012

O coração aquece

"Tem gente que gosta de passar frio" - foi a frase que escutei antes de ir à Gramado e realmente, estava frio. Sabe a sensação de sair do carro quentinho e receber um vento gelado no rosto? Logo de cara fomos recebidos assim, com um nevoeiro em meio a montanhas e verdes e mais verdes que nos fez parar e descer pra olhar.
Sabe a sensação de sair de um restaurante mais quentinho ainda e se molhar com uma garoa fina e gelada? Mas depois correr para o apartamento e ao abrir a porta se sentir bem recebido novamente pelo calor e mais do que isso, de repente ser tomado por um aroma suave de baunilha.

Pegamos uma fila em meio a praça ao lado da rodoviária para ver o que saia de dentro de grandes fornos a céu aberto - em meio a tanto frio, quem é louco de ficar fazendo pães? Pães não, cucas! Que por sinal devoramos metade dentro do carro sem nem esperar por uma faca.
Tomar vinho e comer são as coisas que mais se faz por lá, é um prazer imensurável diante dos jantares que já tive por aqui, nem mesmo comer lá é igual, o clima estava propício e as pessoas em harmonia, por enquanto estivemos ali nada mais importava além do quão bem estavamos nos sentindo.

A temperatura esfriou mais ainda quando andamos de teleférico e passeamos pelo lago de pedalinho - atrações imperdíveis depois de tanto comer.
Amo praia, amo calor, mas adorei a experiência de frio e calor se misturando de uma maneira curiosa.
Estava frio, mas o que não senti ali foi "frio", o coração aquece e isso não é só poesia é realidade, estar de bem com a vida te faz sorrir mesmo quando os olhos nem abrem direito por causa da baixa temperatura, o corpo treme e por mais que a sensação térmica seja de muito pouco, a sensação de bem estar é muito grande, valeu a pena!

terça-feira, 1 de maio de 2012

Desistir as vezes

Desistir jamais -  foi a frase que li no vidro traseiro de um carro e também faz parte do famoso chavão"sou brasileiro, não desisto nunca", talvez esteja aqui mais um de nossos erros. Desistir não é perder, pode ser a oportunidade para algo novo - nem melhor nem pior, apenas novo, pode ser abrir uma outra porta, janela, um caminho, uma saída, uma opção.
Dar um passo à trás nem sempre significa retroceder, é também conseguir tomar impulso pra continuar indo além: Um relacionamento que dura dez anos não precisa continuar simplesmente pela conveniência, um emprego que emperrou, um livro que não terminamos de ler - largue tudo se a sensação for realmente de tempo perdido, desistir também é continuar, é assumir que tentamos, mas que por algum motivo maior que a possibilidade de continuar decidimos parar por ali.
Decisão sim, pois desistir é uma escolha e isso a gente não gosta, abrir mão de algo é difícil e seria até mais fácil se alguém fizesse isso por nós, a gente se apega, cria tantas certezas em determinadas coisas que quando chega a hora de dizer "tchau" parece que estamos fazendo algo terrível, como se desistir  não fosse uma opção que pudessemos adotar, criamos a idéia de que essa seria a atitude mais fácil a ser tomada e a que não precisa ser pensada, mas na verdade não é bem assim que funciona e por muitas vezes já permanecemos em algo  pelo medo da opressão ou por não saber se desistir é certo.

Desistir não é para os fracos, é para todos aqueles que com o passar do tempo descobrem o que querem e o que não querem em suas vidas e vão deixando ficar apenas o que é preciso e faz bem.

sábado, 21 de abril de 2012

Para sorrir não dependemos de ninguém

Até pensei em pesquisar no Google sobre a importância do sorriso, mas não precisamos pesquisar para saber o que faz bem as nossas vidas e sorrir mal não faz, como já diz o ditado rir é o melhor remédio.
Aquele que anda tão raro ver no rosto das pessoas e que se eu parar pra pensar quando vi alguém sorrindo pra mim é capaz de me assustar com a falta dessa expressão tão simples porém grandiosa. Vejo sorrisinhos amarelos do tipo que não estão nem ai para o que está sendo dito e mostram os dentes como se concordassem, mas na verdade expressam que não queriam nem estar ali.
E eu? Quando sorri? Ontem a noite ao me despedir do motorista do fretado, o mesmo sorriso de todo dia, automático, não menos sincero mas sem profundidade, porque nem sempre o sorriso é de felicidade pois já virou mera conveniência para alguns, melhor ou pior do que quem nem sequer sorri?!

Dizem que o sorriso é a porta de entrada ou o cartão postal e é mais do que isso; é uma das maiores formas de se expressar  e como tudo na vida deve ser praticado se não vai deixando de existir e a cara feia vai tomando conta!
Sorrir é ser agradável, é ser simpático, é se mostrar bem, é ser generoso, é ser prestativo, é ser verdadeiro, é ser gente boa e assim a vida flui, não é preciso se preocupar com a cara feia dos outros, para gente ranzinza e desagradável eu só posso dizer que a vida que cada um tem é a vida que cada um escolheu, somos nós quem decidimos como encarar as coisas e por mais incrível que o que eu vá escrever agora possa parecer: não depende de ninguém, é uma verdade que eu deixo para um próximo texto.

Sorrir não precisa de tato mas é um gesto que envolve sem precisar de braços e não adianta forjar o que vem de dentro pra fora, sorriso mentiroso a gente percebe.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Nome, sobrenome e segundo nome.


Posso te chamar de Carla? Até pode, mas não te garanto que vou atender.
Não estou acostumada a usar o segundo nome, seria interessante além de apenas um segundo nome poder ser uma segunda pessoa, uma segunda personalidade – e não falo de bipolaridade, falo de mais opções, diversidades que só um eu não dá conta.
Às vezes acho que existem duas Thawany´s ou até mais de duas, mas todo mundo tem seus dois lados, suas duas faces se isso é bom ou ruim, esse juízo não vou fazer aqui. Essas linhas são para expressar a minha segunda pessoa: que é a vontade de poder se esconder ou aparecer, dançar ou cantar, que é poder fazer o que quer fazer e não apenas fazer o que tem de ser feito –  porquê é praticamente impossível conciliar tudo em uma pessoa só, é sobrecarga demais.
Hora somos espontâneos, hora retraídos, hora simpáticos, hora chatos e tudo isso com ou sem segundo nome, com ou sem segunda pessoa.
Identifico-me com o primeiro nome, a Carla não conheço bem, é um lado pouco explorado que se manifesta e nem sempre percebo, nem sei se gosto ou se desgosto, simplesmente fica lá. Ela deve ter sido a invenção da minha mãe, mas que não vingou, não deu certo, ficou escondida.
Prefiro explorar o primeiro eu, e mudo de opinião e digo: se com uma já é difícil, imagina com duas.
Aproveitando a oportunidade, fica a curiosidade - um dia quase fui a Barbara! Imagina se a Thawany não existisse, o que seria de mim e desse texto!

E a sua segunda pessoa, quem seria?

sexta-feira, 16 de março de 2012

Somos carentes

Parece que as pessoas andam carentes - foi a conversa que surgiu no ponto do fretado, verdade e é explícito quando alguém que nem conhecemos começa a contar a vida toda em apenas uma viagem de volta do trabalho pra casa, mas afinal são as vezes duas horas dentro do mesmo espaço e ali pode ser um dos poucos momentos de desabafo ou de partilha.
Essa não sou eu, não sou tão sociavel, quem dera pudesse discorrer com facilidade sobre qualquer assunto com qualquer pessoa, faço parte da outra turma dos carentes, os que ficam no seu casulo como a esperar por alguém que possa nos destrancar desse mundo isolado.
Isolamento não deveria existir nos tempos de hoje, mas como nem tudo que parece é, eis mais uma situação que comprova a frase, tantos meios de comunicação e nada de comunicação de verdade, afeto então piorou, mas não quero falar sobre como seria a vida sem o imediatismo dos e-mails ou ficar aqui navegando em devaneios, apesar de acreditar que resta muitas poucas coisas além disso, viver o real tá difícil é mais fácil viver a imaginar como seria se ganhassemos na mega-sena, se mudassemos de país - ou de planeta, como seria se pudessemos fugir e sumir.
Porque passear no parque, sentar no banco da praçinha na rua de casa e coisas do gênero são programas que precisam ser agendados para serem vividos, o trivial de hoje é encontrar alguém no shopping, no metrô, no barzinho da vez. Imagina só ficar sentado na praça que tédio, que agonia, que desespero, lindo por apenas cinco minutos mais que isso a ansiedade bate e a gente já quer logo voltar pra vida normal - salvo excessões.
Eu mesma tenho uma pracinha na rua de casa; a última vez que eu fui? talvez aos sete anos quando tirei uma foto que hoje nem para recordações deve existir mais, tudo bem que as coisas mudam e tem que mudar, assim como ninguém mais anda de bonde, ninguém mais precisa ficar sentado na praça, oras, acho que fui eu que nasci na geração errada.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Homem - essencial?

Descobri que sou bem resolvida, é verdade, estava eu e mais algumas pessoas em volta de uma mesa com um guarda sol a beira mar quando o assunto levou à seguinte questão: e o seu pai? - Desde a época da escola nunca te perguntei e você não fala nele, me perguntaram....de repente eu escuto: Pode perguntar que não tem problema, ela é bem resolvida quanto a isso.

Verdade, até que sou bem resolvida neste quesito, quem dera fosse assim em tantos outros! Ser bem resolvida não significa achar natural ou não me revoltar quanto a ausência paterna, esses dias tenho pensado em ler o livro "homem, o sexo frágil?" e fico imaginando sobre o que fala e então cheguei a um novo título: homens, o sexo descartável?
É triste minha gente, não quero desvalorizar o homem, pois apesar dos pesares não sou feminista e ainda acredito na bondade de alguns poucos, mas veja; se existe a desvalorização quem a causa são as próprias figuras masculinas, quase sempre tão distantes para não dizer menos importantes.
Excessões existem, mães que abandonam filhos e pais que acabam sendo mães, mas são casos isolados em relação ao contrário que é muito mais comum acontecer.

Se pudesse fazer um apelo ao sexo masculino seria para se tornarem mais essenciais, eu detestaria saber que sou apenas parte coadjuvante da vida de um filho e em outras coisas também, não é porque não carregam 9 meses o filho no ventre, têm instintos diferentes que devem continuar limitados a visão apenas de provedores, a genética explica muita coisa, homens e mulheres são diferentes sim, diferentes eles dizem e não mais ou menos importantes.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Bagagem


O balanço da sua empresa provavelmente tem que ser positivo, empresa nenhuma quer investir, trabalhar e ficar no zero ou no vermelho; e na vida pessoal também é assim, ninguém quer entrar num relacionamento pra sair perdendo, ninguém quer se doar tanto ao trabalho e sempre ficar na mesma.

Mas e quando bate aquela sensação de que não está valendo à pena? Nunca fui muito boa com a matemática, mas somar eu sempre gostei e sempre era bom, mas sei também quando estou saindo no prejuízo e nem foi preciso aprender muito sobre juros simples e compostos, dos quatro anos da universidade, os vinte e seis de vida continuam valendo muito mais!

A quantidade de números é infinita, mas na vida procuramos colecionar demais, queremos guardar bons momentos e alguns ruins para aprendizado, viagens, fotos no mural, no álbum, no computador e vira um acervo de experiências e recordações; igual à época em que colecionava papel de carta, selo, tampinha de garrafa, um monte de coisa, que foi pro lixo.

Já rasguei fotos e cartões, a história não foi pro lixo junta, mas ficou mais leve de caminhar sem tanta bagagem, tem horas que a gente excede o limite de peso permitido e o funcionário do aeroporto informa que ir adiante com tudo aquilo vai lhe custar mais caro. Ai a escolha é sua, pagar mais caro e continuar a diante com todas aquelas coisas ou deixar pra trás. Se for importante ou não, se você precisa ou não levar só você sabe dizer e só você que vai pagar pelo excesso ou a falta de bagagem.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Confusão


É um quebra-cabeça de peças sem fim, cada encaixe um começo e um recomeço – que a gente não sabe o final.

Acho demais, vivo em partes do que acho certo, outra parte vive do que dizem ser certo. Regras são para serem cumpridas, obstáculos superados e sonhos realizados.

Não estou alinhada e nem em desalinho.
A música toca e o telefone também.
É cedo demais pra mim e tarde demais pra você.
Não sei mais do que falamos.
Não sei o que você sabe e sei o que você não sabe.

Tenho um sonho! Mas acho melhor nem começar a contar...

Vai demorar.
Pode não terminar.

Acho melhor parar. Só por uns instantes ou quem sabe um pouco mais, um dia, talvez, em alguma outra vez, eu volte a falar.