quinta-feira, 25 de julho de 2013

Adoro o Amor

Não sei falar de amor às abertas, sei falar de amor ao pé do ouvido, coladinho ao telefone, entre dois e mais nada.

Às vezes me pego lembrando, seria mentira se dissesse que isso é constante, mas quando acontece é pra valer a pena, afinal são recordações doces, remetem à uma adolescência cheia de sonhos, cheia de sensibilidade, fase em que romantismo caia como uma luva, a paixão então nos fazia viver e a falta dela nos fazia entristecer.

Às vezes também o vejo e ninguém sabe, seja enquanto eu durmo e ele acorda ou vice versa, isso é meio distante, mas para quem tem saudades uma recordação basta.

Ao seu lado eu era melhor, e isso é irônico, pois nunca tivemos lado a lado, não convencionalmente ou como gostaríamos de estar.

Segredos e mistérios fazem parte do negócio e vocês me entendem que eu sei. Adoramos um olhar e um charme misterioso, uma voz encantadora e um perfume sem igual.

Espero que todos algum dia tenham experimentado, ou ainda venham a experimentar, a sensação de borboletas no estômago, o batimento acelerado e o sorriso largo.

Amor não necessariamente precisa de toque, mas claro que isso o completa - beijo, abraço nos envolvem, mas hoje falo do amor que se descobre antes mesmo do tato. Estou falando de amor que surge pela felicidade das conversas, pelo envolvimento das vidas, pelo interesse mútuo.

Adoro o amor, coisa boba, que está em filmes, livros, músicas, nos pensamentos e nos corações das pessoas.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Apenas Engatinhamos

Ouvi há pouco tempo alguém me dizer que somos apenas bebês engatinhando, na época não refleti, mas agora voltei a pensar nisso e concordei.

Ano passado escrevi sobre os vinte e poucos anos, disse que é quando achamos que nos conhecemos e no fundo não sabemos da missa um terço e é justamente isso.

Provavelmente quando chegar aos trinta, quarenta vou continuar refletindo sobre isso, mas percebemos que antes dos trinta anos apenas engatinhamos e que é uma boa fase -  porém quando assumimos que precisamos passar por ela e que ao contrário do que achamos não estamos e não somos tão maduros como acreditamos.

Quando assumimos nossa real situação, fica mais fácil de entender nossos esbarrões e trapalhadas no percurso da vida.
Quando somos arrogantes e acreditamos piamente em nossas convicções e bradamos nossas vozes sem medidas estamos tentando nos erguer antes da hora, é como um pão que sai antes do forno. Interrompemos o tempo que seria necessário. Tudo isso em prol da nossa urgência em tentar entender e aceitar as questões diárias, sendo que para haver entendimento temos que estar com a mente, com o coração e com os ouvidos abertos e normalmente quando estamos na fase de engatinhar estamos a todo pulmão, apenas berramos e com isso mal conseguimos entender o mundo ao nosso redor.

Por isso espere mais e afobe-se menos, acredite mais, questione-se mais e ouça mais; e quando conseguir levantar e caminhar, ainda assim, não esqueça que eternamente seremos meros amadores nesse mundão.
Amadores  e ainda assim vencedores; com vontades, com desejos e com necessidades, e mesmo nas horas em que cambaleamos é tentando aprender e nos erguer e isso faz com que sejamos gigantes.

Gigantes capazes de amar e ensinar, ouvir e calar, rezar e compartilhar, sorrir e abraçar, chorar e nos recuperar.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Arrependimento

Percebo que a maioria das pessoas tem vergonha de dizer que estão arrependias. Prepotência, pois todos estão sujeitos a errar e consequentemente arrepender-se.

E não necessariamente precisamos errar para nos arrepender. O arrependimento pode surgir da mudança de visão das coisas, afinal as opiniões mudam.

É do arrependimento que surge a possibilidade de se desculpar, é dele também que nasce a necessidade de mudar. É ele que nos faz pensar e repensar.

Quem nunca se arrependeu que deveria se envergonhar, pois nunca se deu a oportunidade de melhorar.

Quem bate o pé e reluta em acreditar que arrepender-se faz parte da vida, naufraga sem nem ao menos chegar em alto mar, pois não chega a experimentar o perdão, a sorte de poder mudar e aprender.

Arrepender-se é mostrar mais um dos nosso lados, um lado nobre, que tem capacidade de crescer e amadurecer com nossas escolhas em todos os momentos de nossas vidas, afinal arrependimento não tem idade, não dá pra dizer que apenas os novatos na vida se arrependem, claro que a maturidade traz mais segurança e clareza em nossas atitudes, mas não é sinônimo de imunidade, pelo contrário, quem já viveu mais e consequentemente já se arrependeu mais sabe que é um privilégio do ser humano e mais do que isso, entende que para se chegar ao bom as vezes precisamos passar pelo ruim primeiro.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Vale Quase Tudo

Não gosto da expressão "os fins justificam os meios".

Isso soa muito agressivo, como se vale-se tudo para se conseguir o que quer - puxar o tapete, usar de todos os tipos de atitudes e isso tudo fosse plausível de justificativa. A questão aqui não é de justificativa e sim de caráter, ou você tem ou você não tem.

Mas os famosos "espertinhos" estão por ai em todos os cantos, tentando tirar proveito de tudo e isso a todo custo, acreditam em soluções rápidas e fáceis e nem sequer se preocupam com a consequência que deixa perante aos outros.

Mas há também os que são inteligentes - ainda bem que ainda existe esse tipo de pessoa, que entende as situações e não se vale de todos os tipos de subterfúgios para conseguir o que almeja e muito menos precisa, são dotados de capacidade de entendimento e de ação, fazem as coisas sem usar de malandragens ou artimanhas.

Saber a hora de ir ou de parar, saber a hora de falar ou de calar, saber o que fazer e como fazer, saber de tudo isso é ir além.

O sábio é aquele que vai além, que sabe que nem em todos os momentos se ganha ou se perde, mas sim que em todos se aprende.

Para aqueles que sabem que os valores são os meios a serem usados, nem sequer precisam se preocupar com os fins - pois esses sempre serão os melhores.

domingo, 7 de julho de 2013

Empolgação pela contramão

Evite andar pelo caminho da empolgação, ele pode parecer rápido assim como o do impulso, mas nem sempre é o mais seguro.
 
Podemos agir devido ao renome que uma pessoa tem, ao cifrão no olho, ao tom de voz aveludado, a uma proposta irrecusável, mas como o ditado diz nem tudo que reluz é ouro.
 
Logo que começar por esse caminho vai trilhar pelas expectativas e o risco de se perder é grande, para não dizer que talvez comece a ter miragens tamanho tempo gasto e sem conseguir sair, parece que entramos em um labirinto.
 
Para alguns um desafio, mas como nem tudo o que parece é, ao fim das forças de tanto querer acreditar em algo nos frustramos, nos irritamos e com isso continuamos cada vez mais perdidos.
 
Até que caia na realidade, acorde, pois esse tempo que se viveu nem sei se realmente existiu ou se foi fantasioso e em alguns momentos pode parecer divertido, mas a gente cansa de andar, andar, andar e não encontrar a saída. É assim com a empolgação, nos leva a ter atitudes que na maioria das vezes não leva a lugar algum ou nos faz ficar cada vez mais perdidos.
 
Esteja sempre entusiasmado, mas não se empolgue, a empolgação leva a gente na contramão, já o entusiasmo nos mantêm na direção correta.