Só aquisições materiais não caracterizam sucesso. A integridade e a idoneidade, por exemplo, fazem pessoas de sucesso mesmo que essas não ocupem as melhores posições de trabalho ou financeira.
Isso parece óbvio, mas por que ainda vemos adolescentes frustrados, irritados e até violentos por não conseguirem tudo aquilo que querem? E não só eles, vemos adultos sem valores, impulsionados apenas pelo querer sempre mais e passando por crises, pois não conseguem mais enxergar nitidamente o sentido da vida e discernir o certo e o errado das suas decisões.
Orgulho e sucesso são coisas relativas? E o sucesso é o que?
Parabenizamos aqueles que conquistam algo de muito importante: “Fulano é bem sucedido porque conseguiu o melhor emprego, beltrano viajou por muitos países e conquistou tal prêmio...”
Queremos filhos brilhantes e queremos saber que conseguirão lugares promissores no mundo e por isso pagamos as melhores escolas, oferecemos as melhores roupas e viagens caríssimas, mas também deveríamos incluir ensinamentos como a dignidade e a humildade mesmo diante de uma proposta perdida, a paixão pelo ser humano mesmo que desconhecido, o respeito pela vida que afinal é de todos.
Não precisamos cursar direito para saber que o nosso direito termina quando começa o direito do próximo e isso sim tem haver com o sucesso e é motivo de orgulho.
Se não ensinarmos as crianças os diferentes tipos de sucesso e que o orgulho está vinculado ao caráter e não apenas a uma posição que ela ocupe, quando crescerem e passarem por situações conflitantes não saberão lidar com adversidades, não aceitarão perdas e assim não saberão crescer com elas, ou seja, se tornarão reféns de uma cultura que só ensinou a conquistar demais e ser de menos.
O lugar que você ocupa é sinal de sucesso, mas não é fator predominante, o que você é te torna uma pessoa de sucesso e de orgulho.
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