segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Abraço

Falam que um aperto de mão pode dizer muito de uma pessoa, pode até ser, mas acho o abraço mais revelador.

Um simples ato de abrir os braços expõe muito, o quanto de carinho a pessoa tem, a falta de toque que a pessoa sente, a frieza que sobe pela espinha ou o calor que emana do corpo. Mostra também timidez, liberdade, enfim, infinitos sentimentos e personalidades são colocados a mostra.

Abraçar não é dar tapinha nas costas, aliás, prefiro um tapa na cara do que tapinhas nas costas - um tapa na cara tem mais vontade do que a falsidade desse abraço.

Abraço frouxo é pior que levar um fora.
Abraço apertado é melhor que juras de amor.

Quer um amor avassalador? Prefiro um abraço acolhedor.

É muito mais fácil um aperto de mão ou um ou dois beijinhos pra cada lado, justamente porque o abraço é muito mais intimo. O problema não é só o toque dos corpos, há uma troca muito maior, são instantes de fraternidade e entrega.

Quando somos apresentados a outras pessoas cumprimentamos de várias maneiras, mas  com um abraço normalmente não, seria pegar a pessoa muito desprevenida e com alto índice de não ser recíproco, afinal, nunca estamos preparados para tanto carinho e exposição, podemos até estar preparados para um assalto a mão armada, por exemplo, agora para um abraço de braços abertos, jamais.

Quem não gosta do outro, pode ate fingir um sorriso amarelo, mas o abraço não será apertado, com certeza haverá uma esquiva.

Um abraço consola, traduz o que as palavras não sabem falar e ajuda a curar o que levaria muito mais tempo pra passar.

É assim, como disse minha diva: "tudo o que você pensa e sofre, dentro de um abraço se dissolve".

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