quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Minha viagem de férias

Foi à primeira viagem intitulada viagem de férias, sempre viajei, mas em feriados prolongados ou coisas parecidas, a quantidade de dias foi à mesma de quase todas as outras vezes: 4 dias. Pouco, muito? Eu diria suficiente, mas se pudesse ficaria viajando a vida toda.

Não foi a melhor viagem, já vi lugares mais bonitos, mas foi boa e diferente.

Diferente porque foram mais de 500km rodados de carro, mal dava tempo das mochilas saírem do carro e lá estávamos nós indo a outro lugar.
Diferente porque fomos a praia que foi cenário de novela, diferente porque conhecemos garçom argentino, italiano e a casa da farinha não era um lugar de venda de drogas e sim de tapiocas.

Vimos o amanhecer do dia na estrada, comemos pão com ovo no café da manhã achando a coisa mais gostosa das últimas horas. Acordamos com a sensação de que estávamos em lugar nenhum, sentamos na rua sem se preocupar com pessoas, carros e o que quer que fosse.

Revi o entusiasmo no passeio de buggy tão esperado, mas pena não tão apreciado, a lagosta fica para a próxima porque nessa a moqueca de camarão no óleo de dendê tomou o seu lugar.

Ficou a pergunta: onde foram parar as Baianas? Creio que elas estão sendo extintas pelas pizzarias e rodízios, uma pena!
Desculpem-me, mas pizza boa é a de São Paulo, no nordeste eu fico com as iguarias do mar e seus derivados.

O tempero é forte, descobri que o caranguejo tem pelo e então só ficou na foto com a minha cara de nojo junto com as outras 190 fotos todas muito iguais: dunas branquinhas e coqueiros, com direito a burro na areia e na estrada.

Quilômetros de estrada de terra, ponte de madeira, muita vegetação que me fizeram sentir naqueles comerciais de carro no meio da selva. Vimos lugares quase inabitados, ruas sem nome, sem asfalto, lugares habitados aonde parecia não ser possível algo viver.

De lembrança trouxemos chocalho, copinho, chaveiro e na lembrança fica a aventura na travessia de 6km de barco feita na imensidão do rio, fica o contato com as pessoas que conhecemos, um pouco da história de cada um, fica a certeza de nunca mais andar em Salvador de carro – ô povo pra dirigir que nem louco-,  a simplicidade da vida e as belezas únicas de cada coisa e cada lugar.

Só pra finalizar: como gringo gosta da Bahia, só davam eles por lá.

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